Programa Talento do IMD apoia jovens potiguares superdotados

por , publicado em 24.ago.22

Alunos são motivados a desenvolverem o potencial e já ganham prêmio em olimpíadas pelo país

Foto: cedida pelo IMD

Não é novidade que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) revela grandes mentes. Mas o Instituto Metrópole Digital (IMD) consegue inovar quando se trata de jovens na área da ciência e tecnologia.

Localizado próximo ao Instituto do Cérebro, o IMD oferece o surpreendente programa Talento Metrópoles, voltado especialmente para orientação educacional e formação de jovens superdotados e com altas habilidades de domínio tecnológico e científico.

A iniciativa, aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFRN em 2015, visa desenvolver habilidades de jovens excepcionais, explorando competências, sobretudo, no campo da criatividade e do empreendedorismo.

O programa tem como objetivo ofertar uma formação de qualidade que contemple os interesses do aluno, considerando especialmente seu potencial e talento. A formação educacional propõe-se a romper com a hierarquia e a rigidez do ensino convencional, se direcionando principalmente para o campo da inserção criativa, empreendedorismo e participação solidária.

“O programa é a primeira iniciativa nesse sentido. De buscar atender os jovens superdotados, com altas habilidades para que eles possam desenvolver plenamente seu potencial. É um programa muito particular e é uma experiência vitoriosa no país” – diz o diretor do IMD, professor José Ivonildo do Rego.

Atualmente os alunos do programa ingressam por meio de editais durante o Curso de Inverno do Instituto Metrópole Digital. Para participar é necessário que os estudantes estejam cursando os últimos anos (7°, 8º e 9º) do ensino fundamental ou o ensino médio.

Segundo o diretor do IMD, os alunos superdotados precisam ter um acompanhamento diferenciado, mas muitas vezes isso não é possível dentro de seu ambiente convencional. “Eles precisam de cuidados especiais, mas nem sempre a família ou a escola está preparada para lidar com esse tipo de jovem. O que o IMD faz, através do programa Talento Metrópoles, é acolher esses alunos que são vocacionados para área de Tecnologia da Informação para dentro do nosso programa.”

Durante o Curso de Inverno do IMD, os participam realizaram testes de habilidades. São cumpridas etapas com atividades nas áreas de robótica, incluindo construção de robôs, envolvendo também desafios e jogos nos campos da lógica e da criptografia. No último curso, realizado neste ano de 2022, participaram 48 jovens.

Ao final de todas as etapas, aqueles que obtiverem os melhores resultados recebem prêmios e os alunos com destaque são convidados para fazer parte do Talento Metrópole. Atualmente o programa atende jovens nos polos de Natal e Pau dos Ferros.

“É um projeto que precisa ser repetido e ampliado porque, de fato, a gente percebe a angústia dos pais de filhos superdotados, na questão de como lidar com eles e [assim como ocorre com] a própria escola. Então, a partir dessas iniciativas que nós temos no IMD, nós estamos ajudando as famílias, as escolas, mas especialmente estamos ajudando esses alunos a usar plenamente o seu potencial.”

Ao ingressar no programa, o estudante será acompanhado por um tutor – professor ou pesquisador da UFRN – que traçará um plano individual para o aluno, considerando interesses, habilidades e competências. O aluno terá ao seu dispor toda a infraestrutura do IMD, sendo assistido por uma equipe especializada constituída por psicólogos, pedagogos e assistente social.

“O aluno tem uma matrícula na UFRN e passa a ter todos os direitos de aluno da Instituição. Ele passa a ser acompanhado por uma equipe pedagógica, com psicólogos capacitados para isso, além de profissionais do Instituto Metrópole Digital que vão tutorar os projetos que esses alunos vão desenvolver” explica o professor Ivonildo.

Diretor Ivonildo e participantes do curso de Inverno do Instituto Metrópoles. Foto: cedida

O ingressante também poderá cursar componentes curriculares nos diferentes níveis de formação da Universidade, seja na graduação ou na pós-graduação, desde que incluídos no seu plano de trabalho individual e aprovado pelos coordenadores dos cursos pleiteados. Caso aprovado, o aluno poderá aproveitar a disciplina cursada, posteriormente, ao longo de sua formação regular na UFRN.

Klaus Reiniger, Sara Reyes, Enzo Araújo, Luca Araújo, Daniel Amaral e Isadora Silva. Eles são alguns dos alunos do Talento Metrópoles que foram premiados em diversas olimpíadas por todo o país, alcançando prêmios nas áreas de Matemática, Informática, Astronomia, Física e Química. Nos últimos dois anos, alunos do programa já receberam 17 premiações, sendo dez medalhas e cinco menções honrosas.

O diretor do IMD contou ainda que o programa está em processo de ampliação “Nós estamos discutindo nesse momento com a Reitoria, o Centro de Educação e o Núcleo de Educação da Infância a ampliação do programa Talento Metrópoles. A gente quer pegar o aluno no ensino fundamental, já começar com as crianças de cinco e seis anos, dando oportunidade logo que se perceber essa característica no aluno para conduzi-lo de fato para que ele use plenamente o seu potencial.”

Medalhas e premiações

Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) – 1 medalha de ouro / 3 menções honrosas

Olimpíada Brasileira de Informática – 1 medalha de ouro / 1 medalha de prata / 1 medalha de bronze

Olimpíada Nacional de Ciências – 1 medalha de ouro / 1 medalha de bronze

Concurso Internacional Canguru de Matemática – 1 medalha de ouro

Olimpíada Brasileira de Biologia Sintética – 1 medalha de ouro

Olimpíada Brasileira de Astronomia – 1 medalha de ouro

Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) – 1 medalha de ouro

Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) – 1 medalha de prata

Competição Ibero-Americana de Informática e Computação – 1 medalha de prata

Olimpíada de Matemática do Rio Grande do Norte – 1 menção honrosa

Olimpíada de Química do RN – 1 menção honrosa