Eleições 2022: como a juventude se posiciona nos dias de hoje

por , publicado em 27.out.22

Cada vez mais engajados, os eleitores mais jovens formam opiniões diversas em um país polarizado

Ilustração da campanha para jovens tirarem seu título de eleitor: "Bora jovens, galera!"
Campanha para jovens tirem título de eleitor Foto: Reprodução Google

O número de jovens eleitores no ano de 2022 aumentou bastante se comparado com outros anos e isso nos ajuda a montar um retrato de como a população brasileira vem se formando e se posicionando. Desse modo, jovens de cidades paraibanas e potiguares se reúnem para contar suas perspectivas sobre os lados da política atual.

Diferentes vivências geram pensamentos diferentes, e em um país com diversidade e pluralidade acentuadas acabam momentos eleitorais sem conflitos ideológicos sendo inevitáveis. As eleições deste ano mostraram brasileiros mais engajados, fazendo campanha para seus candidatos, defendendo ideais e tendo espaço para falar abertamente sobre o que consideravam correto e como querem que seja desenhado o futuro para o País. 

Jovens participam de ato nas ruas em defesa da democracia, com cartazes e frases de efeito
Estudantes participam de ato em defesa da democracia. Foto: Sérgio Lima/Poder360

O que pensam os jovens

Para Lucas Medeiros (23), de Arara, na Paraíba, a igualdade e respeito às diferenças é algo que deve ser levado em consideração ao apoiar algum candidato. Ao imaginar diferentes cenários políticos, Lucas teme ver um Brasil governado para apenas uma parcela da população, enquanto outra é esquecida pelas políticas governamentais desenvolvidas. Além disso, a defesa à educação, à saúde, ao meio ambiente e à ciência devem ser vistos como primordiais para o desenvolvimento do país, segundo o jovem.

Em outra direção, Daniel Barros (18), natural da capital paraibana, e Hudson Lima (20), do seridó potiguar, por mais que discordem politicamente, defendem planos de governo sólidos e representantes bem preparados. Daniel aponta para a importância de uma economia forte: citando até a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ansiando por um Brasil bem representado e defendendo a liberdade econômica total dos brasileiros. Nesse ponto, ele acredita em políticas voltadas para as camadas mais carentes do país, como o Auxílio Brasil, mas não concorda que essas pessoas devam ficar dependentes de programas de governo. 

Já Hudson defende que o candidato que assume posições políticas de destaque deve ser capacitado para o cargo, sem apelar para discursos radicais e se posicionar corretamente frente à população brasileira e aos representantes mundiais. Para ele, além de ser hábil na resolução de problemáticas que se arrastam desde governos passados, é importante focar no crescimento do Brasil.

Natural de Campina Grande (PB), Oséias Ferreira, 28, procura apoiar candidatos que defendam os mesmos ideais que ele, com senso de moralidade, ordem e progresso, e tenta fugir de políticas que possam representar possível decadência econômica, assim como pautas que ele defende, como a família e a liberdade. 

Votar é ser cidadão

Apesar de cada um possuir sua forma de se enxergar nos candidatos que apoiam, é unânime que todos anseiam pelo crescimento do Brasil. Nesse sentido, a polarização atual pode até tornar complexo a escolha de um candidato que represente o cidadão em sua totalidade, pois ainda estamos acostumados com a política velha e candidatos que outrora fizeram muito sucesso. 

No entanto, todos os anos surgem novos nomes na política, defendendo pautas que a juventude acredita serem importantes. E, por isso, é de suma importância que, além de se tornarem eleitores, os que agora estão aptos a votar devem ser cidadãos, buscando avidamente propostas que tenham a ver com o que eles acreditam e cobrando governantes para agir de forma coesa.