Como o FishLab da UFRN ajuda a promover a ciência em Natal

Projeto “Tem Peixe na Praça” visa a divulgação científica em locais públicos e nas escolas da cidade

O Laboratório de Peixes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Fish Lab – UFRN, fundado pela Profª. Ana Carolina Luchiari em 2010, é responsável por projetos que levam conhecimento relacionado aos peixes à população natalense. Um dos principais e mais abrangente deles é o Tem Peixe na Praça, onde integrantes do Fish Lab visitam as ruas da cidade, indo em parques e bibliotecas públicas levando informações sobre as pesquisas que são produzidas no laboratório.

Dentro dele, existe o “Tem Peixe na Escola”, onde a equipe visita as escolas de Natal, com objetivo de levar esse conhecimento também aos mais jovens. Atualmente, com a volta das aulas presenciais, as visitas aos colégios aumentaram muito. “A gente agora está indo muito para as escolas, por causa da pandemia ter deixado as crianças muito tempo em casa, aí tem uma demanda maior por uma revivência daquele conteúdo”, esclarece Luchiari.

A professora também explica que o Laboratório realiza suas pesquisas que são divulgadas pelos projetos com dois tipos principais de peixes: o damselfish, o “donzela”, o qual é um representante importante do ambiente aquático dos recifes; e o zebrafish, também chamado de “paulistinha”, que é excelente para pesquisas por possuir uma grande similaridade genética com o ser humano, com cerca de 70% dos genes equivalentes entre os dois.

O zebrafish é utilizado em pesquisas sobre os efeitos de certas substâncias no cérebro humano, como o álcool, as drogas e a cafeína, bem como sobre as diferentes reações que elas podem causar em diferentes pessoas. O Tem Peixe na Praça traz esse tema para os alunos das escolas e para a população no geral em uma linguagem mais acessível como forma de divulgação científica, informando as pessoas sobre os perigos do vício nessas substâncias.

Para Luchiari, “a divulgação científica, levar conhecimento ao público geral, os efeitos de drogas e aconselhar a respeito do consumo ponderado, moderado, é o maior alcance que a gente pode ter”. Além disso, ela revela que “o Fish Lab, em termos de produção científica, tem alcançado algumas áreas diferenciadas no sentido da investigação de síndrome alcoólica fetal, de efeitos de drogas e de diferenças individuais na responsividade a drogas”.

No que diz respeito à divulgação do Fish Lab da UFRN, vale constar que o projeto possui páginas em redes sociais como o Instagram (@fishlabufrn) e o Facebook (Fish Lab UFRN), além de um site próprio (luchiarilab.com). Por esses meios, o laboratório divulga suas ações, seus trabalhos, além de curiosidades científicas sobre o zebrafish, comportamento humano relacionado a pesquisas com os peixes, assuntos voltados à ecologia, dentre outros.

No mais, Luchiari ainda conta que outro meio de divulgação é o próprio boca a boca, que acontece quando eles visitam as escolas e os professores acabam falando sobre o Fish Lab para outros, bem como os próprios alunos relatam para seus familiares e amigos, e assim o laboratório vai sendo conhecido por mais pessoas e, consequentemente, o conhecimento científico e o interesse nessas áreas também vai sendo passado.